Cadernos de divulgação do CEHA.
Projeto “Memória das Gentes que fazem a História” / SRETC / DRC | N.º 01.
VIEIRA, Alberto, O Trigo e o Pão “nosso…” na capitania de Machico.
Obs.: Texto da apresentação no “X Colóquio do Mercado Quinhentista”.
Auditório da EBSM – Sábado, 14 de Maio de 2016
A nossa cultura e tradição cultural implicaram uma desmesurada importância dos cereais, nomeadamente por causa do pão de trigo, que assumiu desde sempre uma função essencial na vida e dieta alimentar dos madeirenses. Foi em torno da cultura do trigo e da sua transformação em farinha e, depois, em pão que se organizou o quotidiano do espaço rural e urbano. As searas, as eiras, os moinhos, foram espaços de desusado convívio social, nomeadamente no mundo rural. Essa importância resulta, sem dúvida, da premência na alimentação mas também dos problemas que a sua falta ou temor de que pudesse faltar gerava na sociedade local. É certo que deveremos estabelecer uma distinção entre o espaço rural e urbano, no que concerne aos mecanismos de assegurar a subsistência. Daí o facto da capitania e jurisdição de Machico ser marcado por uma área muito ruralizada e que, devido às condições geoclimáticas, se afastava da tendência para a afirmação de culturas dominantes, nomeadamente daquelas que tiveram grande impacto no mercado externo, como o açúcar e o vinho. Por esse motivo, estará em melhores condições para assegurar a subsistência e garantir ainda algum cereal à capitania e jurisdição do Funchal. Terá Machico funcionado em alguns momentos como o celeiro do Funchal?
Ver mais em:
http://memoriadasgentes.ml