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Enquadramento Histórico

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“A Construção Naval”

Continuamos a viajar pela História…

“[…] os navios são necessários para a arte de navegação e a navegação para a gente desta terra de Portugal […] não somente as do povo, mas também as do estado real, que pelo mar tem muntas ilhas, e terras, e conquistas: as quaes se não podem conquistar nem governar sem navegação”

Henrique Lopes de Mendonça, no livro “O padre Fernão de Oliveira e a sua obra náutica” p. 149

Os portugueses foram, desde sempre, homens do mar. Povo de destemidos e valentes marinheiros que tornaram o comércio marítimo e a pesca importantes atividades económicas para o reino desde as suas origens.

No início do século XVI, o reino de Portugal tinha expandido os seus domínios territoriais a uma escala nunca antes vista. O Oceano Atlântico tinha permitido aos portugueses estabelecerem o primeiro império global da História. Neste período, Portugal tornou-se líder na arte e no engenho da construção naval: o Estaleiro da Ribeira das Naus, em Lisboa, altamente organizado e hierarquizado, tinha uma produção que requeria conhecimentos de arquitetura e engenharia naval e que chegou a empregar cerca de 1500 pessoas, tornou Portugal único na vanguarda científica. Daqui, saíram alguns dos maiores navios que, à época, cruzavam os mares do velho e do novo mundo – as naus da Carreira da Índia.

O arquipélago da Madeira, desde a sua redescoberta e povoamento, assumiu um importante papel na expansão e nos descobrimentos portugueses. O porto da Capitania de Machico era um local de excelência para a manutenção e reparação das caravelas e naus, em trânsito pelo imenso mar oceânico, assegurada por mestres carpinteiros e calafates, suportada pela abundante e importante área florestal circundante. A ilha possibilitava, ainda, o repouso e o aprovisionamento com água, vinho, cereais, legumes frescos, carne e lenha.

Reconhecendo a “grandeza e majestade” do estaleiro régio de Lisboa, Tristão Vaz Teixeira manda que nesta sua Capitania de Machico se desenvolvam semelhantes ofícios, possibilitando a reparação das embarcações das grandes casas comerciais europeias. No ano de 1509, a Nau do feitor da Casa dos Welser de Augsburgo, Lucas Rem, encontrava-se em reparação no porto de Machico,

Tudo isto e muito mais reviveremos nesta XIIª edição do Mercado Quinhentista de Machico.

A Escola Básica e Secundária de Machico e a CM de Machico desejam que o quotidiano recriado proporcione uma verdadeira viagem pela História…

 

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