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Enquadramento Histórico

EXPEDIÇÕES MARÍTIMAS

Continuamos a viajar pela História…
“Não há dúvida que as navegações deste reino de cem anos a esta parte são maiores, mais maravilhosas, de mais altas e discretas conjeturas, que as de nenhuma outra gente no mundo. Os portugueses ousaram cometer o grande mar Oceano. Entraram por ele sem nenhum receio. Descobriram novas ilhas, novas terras, novos mares, novos povos. E o que mais é: novo céu, novas estrelas…”

Nunes, Pedro, Obras de Pedro Nunes,1940, p. 175

            Início do século XVI, descoberto o caminho marítimo para a Índia e “achado” o Brasil, era tempo de impor, muitas vezes com a força das armas, a soberania portuguesa aos novos vassalos. Esta imposição era política, económica e, talvez a mais importante, religiosa. Era imperioso levar o cristianismo a esses povos que viviam sem a orientação de Cristo… O Islão continuava a ser uma ameaça constante para a Europa, e o mito da existência de um Rei e um Reino Cristão em terras Islâmicas marcava o imaginário e a literatura da época – era o reino de Preste João.

A crença na lenda do rei-sacerdote, e de um reino cristão maravilhoso e poderoso, denominado Etiópia, ou Abissínia, era tão grande que, em 1487, D. João II enviou o navegador Afonso de Paiva para investigar a localização do mítico reino, na tentativa de tornar Preste João um aliado para a expedição à Índia, ainda em fase de planeamento. Afonso de Paiva morreu antes de comunicar o relatório, e Pêro da Covilhã assumiu a missão. Os relatos de Pêro da Covilhã foram a base de imensa literatura que renovou o imaginário europeu sobre o assunto.

Esta literatura fantástica esteve nas origens da aventura portuguesa e das expedições marítimas. Em demanda de Preste João largaram de diversos portos portugueses, incluindo Machico, Naus e Caravelas carregadas de valentes marinheiros, que em nome d’el Rei, cruzaram os oceanos transportando a cruz de Cristo e a bandeira de Portugal… tempestades, piratas, má alimentação, pouca higiene e uma força descomunal de querer descobrir o desconhecido fazia destes homens verdadeiros super-heróis… não havia espaço para quem enjoava no alto-mar…

Tudo isto e muito mais reviveremos nesta VIIª edição do Mercado Quinhentista de Machico. A Comissão organizadora, a EBS de Machico e a Câmara Municipal de Machico deseja que o quotidiano recriado lhe proporcione uma verdadeira viagem pela História… Feliz passeio pelo século XVI.

Comissão Organizadora do MQ (LS)

 

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